MISTÉRIOS sobre ensinamentos de CRISTO e KARMA – Quarta da Vibração

Quando falamos sobre karma, muitas coisas vêm à nossa mente: castigo, punição, dor e sofrimento. Pensamos naquele Deus do Velho Testamento – um Deus punitivo e cheio de ira, que nos iria castigar ao menor sinal de desobediência e predileção.

Em meus pensamentos, sinto que quando fazemos algo de muito ruim (conosco ou com outrem), cria-se em nosso campo eletromagnético uma energia densa com as informações no campo mórfico daquele campo, todos os efeitos colaterais de nossas atitudes, esperando o momentum certo de se materializarem.

Também se instala em nossa Consciência – expandida; conectada com nosso Eu Superior – um senso de urgência e Dever Maior.

Ao nos colocarmos em experiências carnais, recebemos um Tutor Cármico que nos ajuda a tomar notas e nos auxiliar nas anulações dessas energias eletromagnéticas que criamos e como essas experiências nos trazem aprendizados – estes, alinhados não apenas com esses débitos, mas em perfeita sintonia também com as Personas que nosso corpo-essência precisa emanar.

É uma inteligência muito sutil essa, na qual nossa Alma – o invólucro que canaliza e manifesta nossa Essência (nossa parcela mais próxima de Deus) – nos coloca no Caminho que perfeitamente se adequa à essas duas situações.

Karma pode ser também, não diretamente relacionado a alguém ou situação específica, mas alguma característica que precisamos melhorar em nós. Por exemplo: temos dificuldade em ter empatia. Empatia é nosso Karma. Por isso pessoas que não nos demonstram empatia quando estamos em sofrimento, pode nos doer mais profundamente do que outra situação. Como somos espelhos um dos outros, consciente nos dói o que nosso irmão nos fez e inconscientemente, nos dói para nosso Eu Superior, ainda não ser capaz também de ser empata com o outro.

Daí vem esse conceito de hipocrisia – outro sintoma da ignorância espiritual extremamente perigoso, que precisamos nos atentar.

Dito tudo isso, existe um esoterismo muito profundo no seguinte ensinamento deixado para nós por Cristo (manifestação de Mestre Sananda): “Amai ao próximo como a ti mesmo.”

  1. Para amar ao próximo, primeiro precisamos refletir: “Eu me amo?” Não há como exercer o amor ao próximo, quando não nos amamos primeiro. E mesmo quando damos ao próximo o valor e importância, mas não conseguimos estender isso à nós mesmos, mostra-se aí uma falha nesse aprendizado, pois ainda não amamos o próximo na totalidade, por ainda não nos amarmos também – já que todos somos UM. Então para amar melhor o outro, primeiro precisamos nos amar também.
  2. Mesmo quando dizemos que nos amamos, precisamos pensar se não é apenas aquele “amor egóico” que apenas supervaloriza o Eu Inferior, mas não analisa e reforma profundamente as sombras e as acolhe. Pois se isso acontece, o Amor ainda não foi compreendido e por tanto, não é possível amar ao próximo como a ti mesmo, pois nenhum dos dois ainda está em prática.
  3. Essa frase também fala sobre compaixão, empatia e perdão. Se o outro faz algo de muito imoral e ruim, saberemos perdoar? E se nós fazemos algo de igual escala, saberemos nos perdoar? Ora, se não consegues perdoar o próximo, mesmo que digas aqui na matéria que com você as coisas seriam diferentes (hipocrisia perigosa), acredito que uma vez dessomado (desencarnado), nas esferas espirituais com sua Consciência expandida, também não terá se perdoado – mesmo que ilusoriamente tenha achado na carne, que sim. Por isso entendemos que só podemos nos perdoar, quando perdoamos também e vice-versa.
  4. Por fim, entendemos a misericórdia do processo da soma (encarnação), no qual o inconsciente como invólucro protetor do nosso corpo memória, afasta-nos dos julgamentos e amargores do passado e por nossa própria Vontade, enquanto nos preparávamos para mais uma soma, dá-nos a chance de estar ao lado de pessoas que outrora nos fizeram mal. Assim aprenderemos a passos pequenos, a perdoar quem nos fez o mal, tendo a chance de construir novas memórias de laços consanguíneos de amor e afeto, para que estes sejam mais fortes que aqueles que machucaram – transmutando todas as energias densas do campo eletromagnético que antes nos uniu na dor.

Por isso quando vemos um irmão a sofrer por uma vida dita injusta, temos que refletir quais foram as mazelas que essa pessoa cometeu no passado e quais os aprendizados que ela ou o Universo, quis propor para que esses males fossem dissipados do ambiente.

Tudo que fazemos, falamos e pensamos é um ato de Criação. Criar é gerar energia – que uma vez gerada, não pode ser apagada; apenas transmutada.

Existem pessoas que não souberam se perdoar por atos do passado e frente à sua Consciência e a chance de se redimir, tem à sua frente duas escolhas: o Caminho do Amor ou da dor. Ambos podem oferecer aprendizados, mas cabe a nós mesmos nos perdoar e transmutar nosso mal pelo Amor e Caridade; ou sermos nossos algozes e achar que a única forma de nos perdoar, é passar pelas mesmas dores que um dia fomos nós que causamos. Por isso que dizem que a Dor move o mundo. Tudo é uma questão de escolha.

E novamente nos deparamos com o ensinamento de Cristo. Um mundo melhor e com mais amor para nós e para os outros, só pode ser pelo Amor e pela misericórdia – porque pode ser que para você sanar o seu mal, alguém teve que se sujar para fazer com e para você, algo que poderia não ter ocorrido, apenas se você soubesse se perdoar. Nesse momento que nos deparamos com os Messias: pessoas que as vezes escolhem missões de alma grandiosas, porque entenderam que esse era o melhor Caminho (Amor) para transmutarem seus males do passado.

Isso significa então que ao vermos um irmão sofrer, devemos punir para que ele sane seus males? Claro que não. É nesse momento que nós temos mais uma vez, a chance de transmutar os nossos males e mostrar para aquele irmão, que ele não será condenado por nós e o único Caminho justo, é o Amor e a Caridade.

Mas e se você soubesse quem ele foi no passado, será que ainda assim o ajudaria? Será que você realmente está preparado para se livrar do ‘véu do esquecimento’? Esse é um questionamento que devemos sempre fazer, pois se a resposta é não, ainda temos muito que refletir e internalizar sobre: ‘Amai-vos uns aos outros como a ti mesmo.”

E em complemento à esse ensinamento, para nos ensinar e validar o que disse acima sobre perdão e misericórdia e sobre sermos UM com Deus e com uns aos outros, temos aquela prece que nos diz:

“Pai Nosso que estais no céu.
Santificado é o vosso Nome.
Venha a nós o vosso Reino e
Seja feita a Sua Vontade.

Assim na Terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia, nos dai hoje.
Perdoai as nossas ofensas
assim como nós perdoamos,
aqueles que nos tem ofendido.

E não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.”


A primeira estrofe fala sobre espelhamento. O mesmo espelho que é em outras dimensões, é aqui na Terra também. Fractais da mesma coisa, se manifestando em formas mais densas ou mais sutis nos diferentes planos. ‘Sua Vontade’ nos fala da Lei do Karma e da Causa e Efeito. Entendendo que se deixamos ao Universo manifestar a Sua Vontade, porque apenas à Ele compele determinar, pelas Leis Universais, se ‘nossos filhos’, ou seja, nossas criações (de pensamentos, falas e atitudes) estão de acordo com essas Leis e responderemos de acordo – ‘Assim na Terra como no Céu.’

Na terceira estrofe, entendemos que o perdão ao próximo é tão importante como o que damos a nós mesmos e complementa o mistério que analisamos acima. Não tem como perdoar ao próximo, sem perdoar a nós mesmos e vice-versa. Isso é muito importante, para não cairmos nas armadilhas da conveniência e da hipocrisia – para não vivermos no ditado popular: ‘Faça o que eu digo, mas não o que eu faço.’

Na última estrofe, entendemos que apesar de nossas tentações, sabendo que essas vão ocorrer, ainda sim, não precisamos sentir o Mal. Podemos pedir para que os espíritos e nossos irmãos, tenham misericórdia de nós, de nossos erros e falhas. Mas mais importante, esotericamente nos ensina também que não cabe a nós, condenar ninguém.

Reflitamos nessas palavras e ensinamentos, porque eles podem nos dar uma dimensão muito profunda e sincera, sobre as Leis Universais – que aqui chamamos de Leis Herméticas em algumas escolas –, sobre Amor, Perdão e reforma íntima.

Apenas em uma frase e em uma prece, Sananda nos deixou ensinamentos profundos sobre o Universo fora e dentro de nós. Que somos conectados e estamos unidos pelo Criador. Apesar de individualizados, ainda existe algo que nos une e move universos e que um dia nos levará novamente a fonte. Pode ser esse elo o que os cientistas chamam de matéria escura, mas isso é apenas uma suposição.

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